sexta-feira, 25 de junho de 2010

4º Simpósio Nascentes, o rio e a cidade - Cidade Sustentável um Direito




• 30 DE JUNHO
Café da manhã com apresentação da Orquestra de Violeiros de Mauá
8h - Recepção dos participantes e credenciamento
9h - Abertura oficial
9h45min. - Abertura dos trabalhos
• JOSÉ AFONSO PEREIRA (sociólogo, Secretário Municipal de Meio
Ambiente)
Tema do 1º dia: Caminhos trilhados rumo às cidades sustentáveis
10h - Mesa 1
Os rios e a apropriação do espaço na Região Metropolitana de São Paulo
Palestrantes:
• SARAH FELDMAN (Docente e pesquisadora do Programa de
Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da USP- São Carlos,
autora de “Planejamento e Zoneamento. São Paulo, 1947 -1972” e
organizadora com Ana Fernandes do livro “O Urbano e o Regional
no Brasil Contemporâneo”)
• LUIZ ROBERTO ALVES (Pesquisador e professor na Universidade
Metodista e na Universidade de São Paulo, secretário de Educação,
Cultura e Esportes de São Bernardo do Campo -1989-1992 - e Mauá
-2001-2003 - e coordenador da Cátedra Celso Daniel de Gestão de
Cidades da UMESP)
• SILVIA HELENA PASSARELLI (Doutora em Arquitetura e
Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP -
2005, professora da UFABC e pós-doutoranda da Cátedra Gestão de
Cidades da Universidade Metodista de São Paulo)
Debatedor:
• JOAQUIM ALESSI (Editor-chefe da Rede TV Mais, onde apresenta o
Programa do Joaquim, e o telejornal Jota Mais. Foi diretor de redação
do Diário Popular - atual Diário de S.Paulo, editor-executivo da Rádio
Bandeirantes e editor de Políti ca do Diário do Grande ABC. Tem curso
de extensão universitária pela UnB em Jornalismo Ambiental.)
14h - Mesa 2
O poder público como agente regulador
Palestrantes:
• SILVANO COSTA (Engenheiro Civil pelo Centro Universitário Fundação
Mineira de Educação e Cultura – FUMEC, mestre em Recursos Hídricos
e Ambiente Urbano pela Universidade de Brasília, especialista em
Infraestrutura do Governo Federal é Secretário de Recursos Hídricos
e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente)
• DR. NEWTON DE LIMA AZEVEDO (Engenheiro pela Escola Politécnica
da USP, vice-presidente da Foz do Brasil, empresa de engenharia
ambiental da Organização Odebrecht e vice-presidente da ABDIB –
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base)
• PROF. PAULO SANTOS DE ALMEIDA (Mestre em Direito Políti co e
Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP, doutor
em Direito das Relações Sociais - Direito Ambiental pela PUC/
SP, advogado e professor doutor na Escola de Artes, Ciências e
Humanidades – EACH da Universidade de São Paulo - USP)
Debatedor:
• EDSON APARECIDO DA SILVA (Sociólogo, Assessor de Saneamento
da Federação Nacional dos Urbanitários – FNU)
15h45min. às 16h - Coffee Break
16h - Mesa 3
Políticas públicas regionais
Palestrantes:
• MÁRIO REALI (Prefeito de Diadema, arquiteto e urbanista pela
FAU-USP e mestre pela mesma instituição, presidente do Subcomitê
Billings-Tamanduateí; vice-presidente do Consórcio Intermunicipal do
ABC e um dos coordenadores da Frente Nacional de Prefeitos - FNP)
• ROSANA DENALDI (Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela
Universidade de São Paulo – 2003, especialista em Política Habitacional
e Urbana pelo IHS - Institute for Housing and Urban Development
Studies - Roterdam, 1992, professora da UFABC, foi Secretária de
Desenvolvimento Urbano e Habitação da Prefeitura de Santo André)
• FREDMAR CORREA (Planejador Ambiental, assessor técnico do
gabinete da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo)
Debatedor:
• JOSIENE FRANCISCO DA SILVA (Socióloga, mestre em Planejamento
Urbano e Regional, secretária de Planejamento Urbano de Mauá)
• 1º DE JULHO
9h - Abertura dos trabalhos
• JOSÉ AFONSO PEREIRA (sociólogo, secretário Municipal de Meio
Ambiente)
Tema do 2º dia: A busca da sustentabilidade como princípio
ordenador das políticas públicas
9h - Mesa 1
Recursos naturais no meio urbano: novos caminhos
Palestrantes:
• ALEXANDRA MACIEL (Doutora em Eficiência Energética de
Edificações pela Universidade Federal de Santa Catarina, PhD em
Bioclimatic Design pela University of Nottingham na Inglaterra,
analista de infra-estrutura da Secretaria de Mudanças Climáticas e
Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, professora
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do UniCEUB)
• RENATO TAGNIN (Arquiteto e urbanista, especializado em
Planejamento Metropolitano e mestre em Engenharia Civil e Urbana,
professor e pesquisador em gestão ambiental e de recursos hídricos,
coordenou Conselho Municipal de Meio Ambiente de São Paulo)
• RODRIGO CUNHA (Engenheiro agrônomo, mestre em Solos e doutor
em Hidrogeologia, gerente do Departamento de Desenvolvimento
Institucional Estratégico e coordenador do Grupo Gestor de Áreas
Contaminadas Críticas da CETESB)
• ADELAIDE CÁSSIA NARDOCCI (Bacharel em Física pela Universidade
Estadual de Londrina - 1987, mestre em Engenharia Nuclear pela
COPPE/UFRJ – 1990 - e doutora em Saúde Pública pela Universidade
de São Paulo – 1999, professora doutora do Departamento de
Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, atuando na
avaliação e gerenciamento de riscos ambientais)
Debatedor:
• ROSÂNGELA STAURENGHI (Advogada formada pela Universidade
de São Paulo – 1983, ingressou no Ministério Público em 1987,
exercendo as atribuições de promotor de meio ambiente, habitação
e urbanismo desde 1995, em São Bernardo do Campo)
10h45min. às 11h - Coffee Break
11h - Mesa 2
Consumo e emprego em um pequeno planeta
Palestrantes:
• ADI DOS SANTOS LIMA (Presidente da CUT – SP, pós-graduado em
Economia, Gestão e Relações de Trabalho)
• CLÓVIS CAVALCANTI (Economista ecológico, professor da
Universidade Federal de Pernambuco, pesquisador da Fundação
Joaquim Nabuco, professor visitante da Universidade de Oxford,
ex-membro da direção do Conselho Lati no-Americano de Ciências
Sociais - Clacso -, agricultor orgânico)
• CAIO MAGRI (Sociólogo pela USP, gerente de políti cas públicas do
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, foi coordenador
do programa Empresa Amiga da Criança e gerente de políticas
públicas da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança - 1995/2000,
e coordenador do programa de políti cas públicas para a juventude da
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/São Paulo - 2001/2002)
• ALFREDO JOSÉ BARRETO LUIZ (Pesquisador na Embrapa,
agrônomo, mestre em Estatística e doutor em Sensoriamento
Remoto, autor de mais de uma centena de trabalhos técnicos,
estudando atualmente a distribuição espacial da produção
agropecuária brasileira e sua evolução no tempo)
Debatedor:
• EDÍLSON DE PAULA OLIVEIRA (Secretário de Emprego e Renda e
Secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Mauá)
13h30min. - Exibição do documentário produzido pela MTV – “Dossiê
Universo Jovem 4 – Sustentabilidade”
14h - Mesa 3
Direitos Humanos: Pobreza e ambiente
Palestrantes:
• TÁSSIA DE MENEZES REGINO (Assistente social pela Universidade
Federal de Pernambuco – 1985 - atuando desde 1992 na área
de habitação popular, atualmente é secretária de Habitação do
Município de São Bernardo do Campo)
• TÂNIA PACHECO (Coordenadora executi va do Mapa da Injustiça
Ambiental e Saúde no Brasil - Fiocruz/Fase)
• PEDRO JACOBI (Doutor em Sociologia, professor titular da
Faculdade de Educação e do Programa de Pós- Graduação em
Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo - PROCAM-USP,
coordenador do TEIA-USP Laboratório de Educação e Ambiente e
co-editor da revista Ambiente e Sociedade)
• OSWALDO DIAS (Prefeito de Mauá e coordenador do G100 – Grupo
de 100 Cidades com mais de 80 mil moradores com arrecadação per
capta inferior a mil reais por ano – da Frente Nacional de Prefeitos)
Debatedor:
• ROSELI FISCHMANN (Professora titular do Programa de Pós-Graduação
em Educação, lidera o Núcleo de Educação em Direitos Humanos
NEDH, da Faculdade de Humanidades e Direito, da METODISTA, sendo
também docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da USP)
• 17h - Evento cultural de encerramento e café




Local: Teatro Municipal de Mauá
Informações e inscrições: 
4513-3242
www.maua.sp.gov.sp
quartosimposio@gmail.com


PROGRAMA

sábado, 8 de maio de 2010

PROJETO AMBIENTAL SUB-BACIAS DO TAMANDUATEÍ

ABC REPÓRTER DE 04 DE MAIO DE 2010:


MAUÁ INICIA PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL SUB-BACIAS DO TAMANDUATEÍ 


    As primeiras aulas do Projeto Piloto de Educação Ambiental Sub-Bacias do Tamanduateí de Mauá ocorreram ontem no Parque Ecológico do Guapituba. Sessenta e três estudantes da Escola Municipal Geovane Oliveira Lacerda da Costa, com idade entre 5 e 6 anos e divididos em turmas, participaram das atividades.

       Antes de percorrerem as trilhas e terem aula ao ar livre, as crianças assistiram a uma peça teatral de fantoches que falou sobre a conduta de um visitante deve ter quando for ao Parque. O projeto pretende fazer com que as comunidades, por meio dos alunos da rede municipal, entendam a relação do bairro onde vivem com os córregos que cortam a cidade. Para isso, estão sendo trabalhados assuntos relacionados à importância da preservação dos cursos d'água para uma melhor qualidade de vida, além de conteúdos sobre qualidade do ar, Mata Atlântica, entre outros.

        Estudantes de sete escolas representarão as sub-bacias do rio, que são a do Capitão João, Corumbé, Taboão, Tamanduateí Jusante, Tamanduateí Montante, Oratório e Guaió. Esta iniciativa é uma relalização das secretarias de Meio Ambiente e de Educação.

            Os dois parques municipais, Guapituba e da Gruta de Santa Luzia, são alguns dos locais que serão utilizados para as aulas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Astrolábio, Circuito Ecológico Parque do Guapituba

Astrolábio, Circuito Ecológico Parque do Guapituba.

Apresentação da Professora Sandra Regina Chinchio Nascimento

No mês de junho de 2009, como parte das atividades da Programação do Mês do Meio Ambiente, desenvolveu-se no Parque do Guapituba uma atividade de formação aos professores da rede municipal de Mauá. Esse trabalho é resultante de uma ação integrada entre as secretarias municipais de Educação e de Meio Ambiente.
O uso do Astrolábio, um dos instrumentos que serviram de guia para as grandes navegações portuguesas a partir do século XV, foi inicialmente utilizado no desenvolvimento das aulas de Matemática na Escola Municipal Cora Coralina, sob orientação do professor Alcides e professora Juliana. O instrumento desenvolvido com material reciclável pelos alunos para, no caso da atividade prevista, aplicação de princípios matemáticos (trigonometria) medindo a altura de objetos de referência.
No circuito ecológico do Parque do Guapituba, com a apresentação da professora Sandra Chinchio, a relação foi da medição dos eucaliptos de grande porte existentes no local, no intuito de apresentar de forma didática a aplicação prática dos conteúdos da disciplina de Matemática de forma interdisciplinar. Assim como, o astrolábio como meio de orientação, foi trabalhado também noções sobre pontos cardeais e colaterais (Geografia), a historicidade do próprio astrolábio (História) e outros temas como umidade, evapotranspiração, espécies arbóreas, eutrofisação, princípio da gravidade, etc. (Ciências - Física, Química e Biologia/Botânica).
A atividade foi a última estação (etapa) no circuito ecológico que contou nas estações anteriores com uma palestra sobre o plástico: vilão ou mocinho? (engenheiro Márcio Eing); visita à nascente dentro do parque (Eliésio, meio ambiente); aspectos histórico e ambientais do parque (técnico ambiental Humberto); verificação do microclima e evapotranspiração (professora Regina da EMEJA Clarice Lispector), todas elas desenvolvidas nas trilhas internas do Parque do Guapituba.

Dobraduras, Projeto Arca de Noé

PROJETO ARCA DE NOÉ

Escola Municipal Lucinda Petigrossi Castabelli

A educação ambiental, conforme concebida no Programa de Educação Ambiental de Mauá que direciona as ações na rede municipal de ensino deve ser trabalhada desde a educação infantil. As escolas têm autonomia em desenvolver projetos próprios a partir dos princípios norteadores da Secretaria de Educação e do Projeto Político Pedagógico de cada unidade.
Nesse sentido, a Escola Municipal Lucinda Petigrossi Castabelli, através das professoras Madalena e Tatiana apresentou com a chegada da estação do ano da Primavera um trabalho lúdico-pedagógico com as crianças da educação infantil nomeado Projeto Arca de Noé.


Atividade das crianças com dobraduras


As dobraduras representam a "Arca de Noé" com seus animais.


Os textos de Vinícius de Moraes apresentando os animais: o leão, as abelhas, o porco e o pato.


A foca, o leão e as abelhas.


O leão, as abelhas e o porco.


Os trabalhos de dobradura das crianças.


Trabalhos das crianças organizados pelas professoras Madalena e Tatiana.


As professoras Madalena e Tatiana.


As crianças com as máscaras de animais e a comunidade visitando a exposição dos trabalhos.


A aluna e seu trabalho, orgulho pela sua produção.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um pouco de história da Educação Ambiental em Mauá

Tamanduateí, Patrimônio Cultural de Mauá

Antônio Coelho de Souza do Nascimento

Esse trabalho foi desenvolvido na Escola Municipal de Jovens e Adultos Clarice Lispector, em 2005, em continuidade ao trabalho realizado no âmbito da educação ambiental na rede municipal de Mauá em construção desde 2003.
Inscrito no Concurso Tesouros do Brasil com patrocínio da FIAT automóveis, realização La Fabbrica Comunicação e Marketing, parceria da Usiminas e Magneti Mareli com apoio da UNESCO, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e do Ministério da Cultura. Foi premiado com a publicação no Volume 2 do Livro Tesouros do Brasil ao lado dos 40 melhores do Brasil; escolhidos por uma comissão composta por 27 especialistas de renome nacional na área de educação e cultura, e representantes de instituições parceiras, passando antes por uma seleção preliminar realizada pela equipe técnica do projeto. Foram 783 trabalhos recebidos de todo o Brasil com a participação de 491 escolas (15.5% particulares e 84.5% públicas), 25.397 alunos, 1.224 professores representantes de todas as regiões do país.
Como integrante, além do Projeto de Educação Ambiental, do projeto NEPSO - Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião, esse trabalho foi exposto e apresentado no Seminário Estadual Paulista do NEPSO/Ação Educativa, também em 2006.
Em decorrência da metodologia empregada, isto é, da metodologia da pesquisa de opinião, o NEPSO (princípios da livre adesão, do protagonismo de seus participantes - alunos e professores -, o trabalho se faz com e não para os participantes, a educação entendida como direito, a escuta do outro, o foco na aprendizagem e esta a partir dos interesses na necessidade de resolução de problemas e a importância da experimentação), e na perspectiva de uma Educação Social Transformadora (que considera não apenas a educação formal, mas, também a educação informal, transformando seus participantes em agentes educadores).
As atividades que fizeram parte do trabalho estão: a coleta de depoimentos dos moradores da região sobre recordações de vida, relacionadas ao Rio Tamanduateí; Elaboração de texto contendo descrição das condições naturais do rio e os problemas atuais; Monitoramento das águas do rio; Pesquisa de Opinião, elaborada pelo grupo, para saber a opinião da comunidade a respeito do rio e concurso de poesia realizado na escola, tendo o rio como tema.
Seus resultados, extrapolando os muros da escola, explicitou além do protagonismo social, que se concretizou em uma carta à população mauaense, apontou para a cidade a possibilidade de tombamento enquanto patrimônio ambiental, cultural e histórico do rio Tamanduateí para a cidade de Mauá. Nesse sentido, agora em 2009, é pauta de discussão no CONDEPHAAT-Ma seu tombamento apoiado pelas Secretarias de Educação e Meio Ambiente do município.
TAMANDUATEÍ, PATRIMÔNIO CULTURAL DE MAUÁ
Um rio de muitas curvas
Muitas são as cidades que se desenvolveram à margens de rios e com eles criam uma relação profunda. Assim é Mauá, em São Paulo, com o rio Tamanduateí. Muitas gerações ali se banharam, pescaram, mataram a sede, lavaram roupa e admiraram sua beleza natural cercada de lendas. Suas margens testemunharam o crescimento da cidade e suas transformações, das missões jesuíticas dos tempos coloniais até a chegada de grandes indústrias.
Em tupi-guarani, Tamandetay significa "rio de muitas curvas" ou "dos tamanduás", conforme as versões existentes. O Tamnaduateí é um dos rios mais importantes de São Paulo com uma bacia de 320 km². Ele nasce na Serra do Mar e deságua no rio Tietê. De seus 35 km de extensão, nove estão em Mauá.
Os habitantes da cidade sustentam a crença de que suas águas são milagrosas e capazes de curar problemas nos olhos. Os poderes do rio começaram a ser percebidos na segunda metade do século XX por trabalhadores que extraiam granito de uma pedreira. Eles se dirigiam à nascente do Tamanduateí para lavar os olhos machucados pelo pó de pedra e, com o tempo, perceberam a melhora da visão. Assim, os escarpelinos, como são chamados esses operários, passaram a acreditar no poder de cura das águas. Para homenagear Santa Luzia - santa protetora dos olhos - construiram ao redor da nascente do rio um pequeno oratório. Com o passar dos anos, a pedreira foi desativa, mas a crença nos benefícios das águas do rio perdura até hoje.
Além de alimentar as crenças do povo de Mauá, o Tamanduateí também foi fonte de desenvolvimento para a cidade. Suas águas foram utilizadas de diversas formas por importantes indústrias de pedra, louça, cerâmica e tratamento de couro da cidade. Essas fábricas fazem parte também da história de Mauá. e alguns de seus vestígios são tombados pelo Patrimônio Histórico, como a chaminé remanescente da fábrica de couro Cortume.
Poluição
O crescimento industrial, além de progresso, trouxe muitos problemas para Mauá e para o rio Tamanduateí. O curso do rio foi alterado, as várzeas ocupadas e o leito poluído. A beleza e o encanto foram sendo substituídos pela sujeira e pelas mazelas da falta de preservação.
O Tamaduateí é hoje um esgoto a céu aberto e a população se acostumou a jogar lixo em suas margens. Para ser preservado e voltar a ser o que era, é preciso conscientizar os habitantes da cidade sobre sua importância ambiental, histórica e cultural. Somente mudando a maneira como as pessoas vêem o rio é possível restituir a ele seu verdadeiro significado.

FONTES:
> Nascimento, Antônio Coelho de Souza do (coordenação) e outros. Rio Tamanduateí (pág. 66 e 67) in Tesouros do Brasil, volume 2, La Fabbrica do Brasil, São Paulo, 2006.
> NEPSO. Almanaque NEPSO 2007 - Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião. Instituto Paulo Montenegro / Ação Educativa, São Paulo, 2007.
> Prefeitura Municipal de Mauá. Projeto Político Pedagógica da Escola Municipal de Jovens e Adultos Clarice Lispector, Mauá, 2005.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mostra seu rosto, professora / mestra


Mostra seu rosto, professora / mestra

Olhar atento,
voz pausada, porém firme...
Volta e meia, revê sua história.

Missão...

Olhar atento,
mão firme, porém afável...
A todo momento a sua condição presente.

Conduz ação...

Faz-nos assumir a feminilidade...
de sermos firmes nos grandes sofrimentos...
de sermos emoção em comunhão com a razão.

Essas condições fazem parte de nossa práxis educadora.

Gostar dos filhos dos outros, como gostamos dos nossos.
De sentirmos, como crianças, o compartilhar com a diversidade.
De ações Ideologicamente compromissadas...

Olhar atento,

Por um desenvolvimento humano, de todos...
Por uma educação socialmente transformadora...

Mostremos nossos rostos (homens e mulheres)!

(Antônio Coelho de Souza do Nascimento)

Dia do professor
Mostra seu rosto, professora / mestra
Participar do desenvolvimento humano é condição intrínseca da educação ambiental. Nesse dia 15 de outubro, o dia do professor, temos que nos apresentar na luta e na busca de uma sociedade mais justa onde todos devem ser respeitados em suas diferenças.

À todos, mulheres e homens:

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Os pilares da educação na prática educativa: A educação ambiental e letramento, uma possível rotina

OS PILARES DA EDUCAÇÃO NA PRÁTICA EDUCATIVA:
A educação ambiental e letramento, uma possível rotina.

Essa atividade desenvolvida pela professora Marluce dos Santos Silva com as crianças do 1º ano (alunos de 6 anos em processo de alfabetização) da Escola Municipal Maria Rosemary de Azevedo foi apresentada no curso de Pró Letramento: Alfabetização e linguagem com a tutoria da professora Regiane Ibanhez Gimenes Berni.
Através dessa socialização percebemos que a educação ambiental, entendida como pressuposto das ações fundamentadas nos pilares da educação (o aprender a aprender, o aprender a fazer, o aprender a ser, o aprender a conviver juntos e o aprender político), está intimamente (pela razão e emoção) ligada à prática da rotina escolar, isto é, na perspectiva de uma Educação Social Transformadora.


Atividade: Aplicar uma atividade de produção escrita de texto narrativo.

Dada a proposta pela orientadora Regiane, me dei conta de que mesmo sabendo, compreendendo que as crianças são capazes de produzir um texto, dentro da hipótese que se encontra, eu ainda não havia colocado esta atividade para eles.
Pensei muito, mas como já havíamos escrito uma carta coletiva sobre a caminhada ecológica (caminhada pelo bairro: Mauá, a cidade que eu gosto*) em volta do quarteirão da escola, retirando e conversando sobre o lixo, no meio ambiente, resolvi que o texto seria sobre esse assunto, recente, vivenciado por eles e em duplas.

Desenvolvimento da atividade:
  • organizei as duplas, desta vez por afinidades entre eles;
  • contei que a proposta desta vez era escrever um texto, igual a carta, as histórias que a "pro" lê, mas que seria fácil porque era sobre a nossa caminhada do meio ambiente;
  • resgatei no coletivo como foi aquele dia e, em seguida, entreguei a folha para que registrassem;
De momento, nenhum aluno fez perguntas, ficou um silêncio, o que é raro, e nenhuma dupla começou a escrever e falar sobre o que fazer. Então perguntei o que houve? O aluno Alexandre falou: "a gente só sabe escrever igual SUCO GELADO", para descontrair o ambiente eu falei para eles que quando eu era pequena também não sabia, mas um dia eu comecei escrevendo tudo errado, depois fui melhorando e hoje eu ainda tinha que aprender mais, o importante era começar, senão como melhorar, se não tentar escrever.
Subestimei minha turma achando que escreveriam em forma de lista, quadrinha, mas me surpreendi, pois quase todos escreveram realmente em forma de texto (relato¹).
Durante a atividade eles conversavam entre eles sobre as lembranças do dia, uma ou outra dupla como no caso da Samanta e Maria Luiza pensavam alto qual era a letra para escrever, por exemplo, fralda-AA e lixo-IXO.
Por ser a primeira atividade de produção de texto escrito por eles fiquei muito feliz com o resultado.
(* nota do editor), (¹ nota de Regiane)
(Marluce dos Santos Silva)
09.06.2009